I. Características do fenômeno da mancha preta
Aparência visual:
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Manchas pretas ou cinza-escuras aparecendo na superfície do eletrodo, concentradas principalmente nas bordas da área de revestimento ou na interface do enrolamento;
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As regiões de manchas pretas são acompanhadas por delaminação da camada intermediária de grafite e expansão do material ativo, levando a uma espessura local anormal (aumento superior a 85%).
Impacto no desempenho:
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Perda de capacidade (perda típica de 5–10%), com redução da vida útil do ciclo de mais de 30%;
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O revestimento de lítio em áreas com pontos pretos aumenta o risco de fuga térmica, com temperaturas localizadas atingindo mais de 80°C.
II. Análise da Causa Principal
Defeitos materiais:
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Excesso de impurezas em matérias-primas (por exemplo, óleo de laminação residual em folha de cobre) ou aglomeração de agente condutor (tamanho de partícula > 5 μm), levando à falha localizada da rede condutora;
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Contaminação na superfície do substrato (poeira, partículas metálicas) dificultando a molhagem da pasta, causando evaporação anormal do solvente durante a secagem.
Desvios do processo:
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Má dispersão da pasta de revestimento, introduzindo bolhas que formam defeitos do tipo microperfuração;
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Mudanças repentinas nos gradientes de temperatura de secagem levam à rápida formação de película na superfície, aprisionando solventes internos e causando rachaduras por tensão;
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Controle inadequado da pressão negativa durante a formação (flutuação de pressão >10%), acelerando a deposição de produtos de decomposição de eletrólitos.
Falha de reação interfacial:
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O HF gerado pela decomposição do LiPF₆ no eletrólito corrói a camada de grafite, causando ruptura localizada do filme SEI;
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Concentração insuficiente de sal de lítio ou entrada de umidade (>50 ppm), desencadeando reações colaterais que produzem subprodutos de alta resistência, como LiF e Li₂O.
III. Soluções Comuns
Medidas de otimização de processos:
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Adote um sistema de controle de revestimento de circuito fechado para manter as flutuações de tensão ≤0,5% e corresponder aos gradientes de temperatura de secagem (taxa de aquecimento ≤3°C/min);
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Otimize os parâmetros de pressão negativa da formação (por exemplo, nível de vácuo controlado de -90 a -95 kPa) e verifique a estabilidade do processo usando ferramentas de simulação de bloqueio.
Soluções de modificação de materiais:
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Aumentar a proporção de ligante para 3–5% (por exemplo, PVDF) para suprimir a sedimentação da pasta e a aglomeração de partículas;
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Use coletores de corrente nanocompostos (por exemplo, folha de alumínio revestida de carbono) para reduzir a resistência de contato interfacial em mais de 30%.
Atualizações de controle ambiental:
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Manter a umidade da oficina ≤30%, com limpeza de plasma com folha de cobre atingindo um ângulo de molhagem ≤20°;
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Tratamento de pré-litiação antes do armazenamento para reduzir a perda de lítio ativo do eletrodo negativo (taxa de recuperação de capacidade melhorada em 7–9%).
IV. Métodos de Detecção e Validação
Análise microscópica:
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SEM/EDS para examinar a composição de áreas de manchas pretas (conteúdo anormal de O/F/P indica decomposição de eletrólitos);
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XRD para analisar o espaçamento entre camadas de grafite (d002 > 0,344 nm sugere dano estrutural).
Ferramentas de Validação de Processos:
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Use ferramentas de simulação de bloqueio de formação para testar células, coletando curvas de pressão e temperatura para corresponder às condições de limite;
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Teste de armazenamento em alta temperatura (55°C/7 dias) para verificar a taxa de propagação de manchas pretas e rastrear células anormais.